A pancreatite aguda causa uma das dores mais fortes que o ser humano pode sentir. Essa inflamação é séria e, quando não tratada a tempo, pode levar a complicações mais graves do caso. Por isso é importante conhecê-la para identificar os primeiros sinais de alarme.

A pancreatite é uma inflamação no pâncreas, que pode ser crônica ou aguda. Nos tipos agudos, ela pode ocorrer por causa de cálculos biliares que migraram e interromperam o fluxo de sucos pancreáticos. Quando isso acontece o órgão fica inflamado e aumenta de tamanho por causa do acúmulo de líquido no seu anterior. Também existe pancreatites agudas sem causa conhecida.

Os tipos crônicos da doença costumam acontecer por causa do abuso de substâncias tóxicas, em especial o álcool. O consumo excessivo de álcool por muito tempo faz com que o pâncreas sofra alterações, fibrose e endurecimento de seus tecidos. Como resultado, a glândula atrofia aos poucos e perde suas funções endócrinas e exócrinas. Também é possível que existam cálculos que dilatam e bloqueiam o duto pancreático.

Na versão aguda da doença, o paciente sente dor intensa na parte superior do abdômen. Essa é considerada a segunda pior dor que alguém pode sentir. Ele também pode apresentar náusea, vômitos e icterícia, mas esses sintomas não acontecem em todos os casos.

A doença crônica causa diarreia e diabetes, por causa da perda de funções do órgão, que fica incapaz de liberar hormônios, como a insulina. O paciente também sente dor em algumas fases agudas da doença.

O paciente com pancreatite aguda precisa de internação hospitalar. Não existem medicamentos capazes de desinflamar o pâncreas, por isso é necessário manter o paciente em repouso e sem ingestão de alimentos e líquidos. Tudo isso é feito para que o pâncreas consiga “descansar” e passar a fase aguda da doença. A maioria dos casos melhora dentro de poucos dias.

Algumas vezes o quadro pode evoluir para necrose do pâncreas e o paciente pode precisar de remoção cirúrgica do órgão afetado.

Na pancreatite crônica o tratamento é clínico e envolve o controle dos sintomas. Quem está sendo tratado também necessita manter-se em repouso e realizar alterações na dieta para evitar as fases agudas. Quando o pâncreas já está muito prejudicado, o paciente talvez precise tomar enzimas por via oral e utilizar medicamentos para o controle da diabetes.