Durante a digestão os músculos que revestem a parede do intestino auxiliam no momento desta. Quando ingerido, o alimento desce pelo tubo digestivo com a atividade da gravidade e a contração dessas musculaturas. Em um corpo com seu funcionamento fisiológico pleno, as contrações acontecem na medida certa para ajudar o movimento do alimento sem afetar o restante do sistema digestivo, mas isso não acontece em pacientes com síndrome do intestino irritável.

Esses pacientes sofrem com contrações mais fortes ou longas que o normal ou mais fracas. No primeiro caso elas causam dor abdominal e outros sintomas característicos da síndrome. No segundo, o alimento demora para passar pelo tubo digestivo e causa fezes endurecidas.

Sintomas da síndrome

Os sintomas da síndrome do intestino irritável variam de acordo com o caso e podem ser muito parecidos com aqueles de outras aflições do sistema digestivo. Alguns dos mais comuns incluem dores abdominais, cólica, inchaço, gases, diarreia, constipação ou muco nas fezes.

Dependendo do quadro, o paciente pode experimentar sintomas característicos de contrações musculares fortes no intestino, como diarreia ou dor abdominal. Eles podem ser intercalados com momentos de contrações fracas que causam constipação.

Fatores de risco da síndrome do intestino irritável

Não existe uma causa definida para o surgimento da SII, mas existem alguns fatores de risco que podem desencadear seus principais sintomas. Um deles é a alimentação. Pessoas que têm alergias ou intolerâncias alimentares tendem a apresentar os sintomas logo depois de comer algum alimento para o qual seu corpo não estava preparado. Se esse for o caso, é importante que o paciente identifique quais comidas causam reações negativas no organismo.

Outro fator de risco é o estresse. Muitos pacientes diagnosticados com SII sofrem com piora nos sintomas quando passam por períodos de estresse elevado. Portanto, é possível que as reações de estresse do organismo estejam relacionadas com a síndrome.

Mulheres são duas vezes mais propensas a sofrer com a síndrome do intestino irritável. Portanto, alguns especialistas estimam que os hormônios e sua atuação no organismo também sejam possíveis fatores de risco. Mudanças hormonais, como acontece em períodos próximos à menstruação podem piorar o quadro.

Outras doenças, como gastroenterite e desequilíbrios na flora bacteriana do intestino, também podem causar sintomas de síndrome do intestino irritável.

Quais são os tratamentos?

A síndrome do intestino irritável é uma condição crônica que não possui cura. No entanto, o paciente deve buscar ajuda médica para diagnosticar a condição e realizar o tratamento para melhorar sua qualidade de vida.

Boa parte do tratamento consiste em realizar mudanças no estilo de vida para evitar os fatores que desencadeiam os sintomas. O paciente também deve alterar sua alimentação para conseguir melhorar o funcionamento do intestino. O médico pode recomendar o uso de suplementos de fibra e remédios que combatem a diarreia.

Convivendo com a síndrome do intestino irritável
A melhor forma de tratar a doença é através da mudança de hábitos que permitam conviver com a síndrome. O paciente precisa, primeiramente, eliminar da alimentação aquelas comidas que desencadeiam sintomas, como bebidas gaseificadas e alimentos gordurosos. Não existe um cardápio exato para os pacientes com SII, é preciso ficar atento às reações do próprio corpo a certos alimentos para aprender exatamente o que evitar.

Mudanças na rotina de sono e trabalho também ajudam a prevenir o surgimento dos sintomas, já que auxiliam na diminuição de um importante fator de risco: o estresse. Por último, é preciso manter-se muito bem hidratado. É importante sempre realizar mudanças em hábitos alimentares e de rotina com a orientação de um médico especializado.